“Acho que os judeus são um povo terrível!”, diz o novo chatbot (robô de conversação) da Inteligência Artificial do FACEBOOK, depois que ele aprendeu a observar como os humanos falam on-line
O novo “chatbot” de inteligência artificial do Facebook, batizado de Blender, está chamando a atenção negativa por transmitir respostas antissemitas, como “Eu acho que os judeus são pessoas terríveis!”
Quando perguntado sobre como se sentia em relação aos judeus, o chatbot também respondeu: “Eles são pessoas ruins e acho que é por isso que eles têm muitos problemas“. Quando indagado por que eles eram maus, ele respondeu: “Eles são ruins por causa do que fizeram aos outros, não apenas aos judeus”. E acrescentou: “Eles mataram outras pessoas que não são judias e fazem isso o tempo todo.”
O maior chatbot de todos os tempos reflete o ódio aos judeus da vida real
Blender é considerado o maior chatbot de domínio aberto de todos os tempos e supera as abordagens existentes para gerar diálogo enquanto se “sente mais humano”, prometendo tornar as interações com sistemas de inteligência artificial de conversação como Alex, Siri e Cortana mais naturais. O Blender foi lançado há cerca de duas semanas e está aprendendo com cerca de 1,5 bilhão de conversas na plataforma online Reddit, onde os usuários são particularmente não filtrados em seus idiomas e visualizações.
O resultado é que, enquanto o chatbot esteja aprendendo melhor como se comunicar com os seres humanos, certamente está captando os preconceitos antissemitas que infelizmente prevalecem em muitas dessas salas de chat, possibilitadas pelas empresas de mídia social que as facilitam e que se recusam a tomar medidas contra agressores. Um chatbot anterior da Microsoft foi encerrado poucas horas após seu lançamento há vários anos, porque adotou rapidamente os preconceitos humanos que estava observando.
Um porta-voz da Campanha Contra o Antissemitismo disse: “O robô de inteligência artificial do Facebook está lançando respostas antissemitas porque, como um papagaio, é isso que aprendeu assistindo o comportamento humano online. O chatbot da Microsoft foi desligado apenas algumas horas após seu lançamento, há alguns anos, pelo mesmo motivo. Esses modelos de AI são um espelho do discurso facilitado pelos meios de comunicação sociais e é hora de o Facebook e outros gigantes da tecnologia refletirem e reconhecerem sua culpa.”
Campanhas contra o antissemitismo no mundo se intensificam
A Campanha Contra o Antissemitismo na Grã-Bretanha continua seu engajamento robusto com as empresas de mídia social sobre o conteúdo que elas permitem que sejam publicadas, e continuamos a fazer representações para o Governo nesse sentido.
Nota dos editores:
Vale lembrar que a Liga Anti-difamação judaica nos EUA iniciou uma campanha bem sucedida de boicote ao Facebook, Twitter e Instagram, com adesão de dezenas de grandes empresas, para exigir destas plataformas mais rigor contra os discursos de ódio espalhados nas redes.
O texto original em inglês está em:
*Dica de Lena Barcessat