Shalom meus amigos! No meu último artigo falei um pouco sobre as mudanças que estão acontecendo em Israel após a assinatura do acordo de paz. Achei interessante falarmos um pouco sobre os times de Israel e suas histórias.
Israelenses gostam de futebol?
Sim os israelenses amam futebol. Em Israel temos a Ligat Há’al que é o Campeonato Israelense e também temos a Copa do Estado de Israel, como dissemos anteriormente Israel joga pela UEFA seguindo o modelo europeu em suas competições. Mas não para por aí meu amigo sionista, em Israel os times possuem uma ligação forte com a política e religião e por isso, vamos conhecer a história de um dos times mais populares de Israel, o Beitar Jerusalem.
História
O time foi Fundando em 1936 por David Horn e Shamuel Kirschstein em homenagem ao movimento juvenil Betar, que faz parte do movimento sionismo revisionista (בית”ר, também conhecido como Betar) criado por Zeev Jabotinsky e que Horn era o chefe local. Os membros do Betar, juntamente no futuro com simpatizantes do Herut, Likud outras organizações da direita israelense, se identificariam com a equipe até os dias atuais. Os líderes do agrupamento juvenil viram no futebol uma oportunidade para estimular qualidades como Hadar (auto-respeito) e Hod (glória). A primeira formação do Beitar era composta inteiramente por membros do grupo Betar, incluindo Haim Corfu – futuro ministro do governo de Menachem Begin (1977-83).
Problemas com as autoridades britânicas
A associação do Beitar com os militantes do Partido Revisionista (futuro Herut) rapidamente trouxe problemas junto as autoridades britânicas, assim como os fãs do Hapoel Jerusalém, uma equipe ligada ao Mapai, um partido socialista judaico nos anos 1939-48. A maioria dos jogadores do Beitar eram também secretamente filiados aos grupos Irgun ou Lehi, organizações abertamente contra a presença da Grã-Bretanha na Palestina. Na década de 1940, muitos dos jogadores do Beitar, que também eram membros de organizações clandestinas contrárias ao controle britânico sobre Palestina, como o Irgun, foram presos pelas autoridades britânicas junto com vários líderes rebeldes e exilados no Quénia e na Eritreia, de onde parte de seus integrantes fundaram o Beitar Eritreia. O mandato britânico pediu que o Beitar encerrasse suas atividades, mas David Horn se recusava a encerrar as atividades do clube e o renomeou como Nordia Jerusalém, de modo a negar o vínculo com o Irgun, embora a maioria dos jogadores continuassem a vir das fileiras do Betar. Com o fim do mandato britânico e a declaração de independência do Estado de Israel em 1948, os jogadores-militantes exilados na África regressaram.
Disputando a primeira divisão em Israel
Durante quase toda o período entre as décadas de cinquenta e sessenta, o Beitar disputou as divisões inferiores de Israel. Somente após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, o clube conseguiu se fixar no campeonato principal do país. Em 1973, o Beitar novamente caiu para a segunda divisão mas foi evitada por uma intervenção de dois deputados do Knesset: Ehud Olmert (Likud e também ex-integrante da juventude do Betar) e Yossi Sarid.
O Beitar Jerusalém é muito mais que um clube que disputa a primeira divisão do campeonato de Israel, pois representa os valores sionistas do povo judeu, defendendo o direito legitimo de Israel de morar na terra onde Hashem deu ao seu povo. Acompanhe aqui a história dos outros times de israel.
Fabio Soares
Colaborador Legião Sionista
@fabiosoaresdearaujo3
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