Em uma coletiva de imprensa clandestina, Volodimir Zelensky agradeceu aos judeus que oraram pela Ucrânia no Muro das Lamentações
Volodimir Zelensky, presidente da Ucrânia, expressou desapontamento com a posição de Israel e disse esperar maior apoio do governo na guerra com a Rússia.
“Hoje eu vi uma linda foto de judeus envoltos em bandeiras ucranianas no Muro das Lamentações em Jerusalém, eles oraram por nós e eu os agradeço por isso. Falei com a liderança israelense, com quem temos um bom relacionamento, mas há coisas que são testadas em tempos difíceis. Não senti que o primeiro-ministro israelense estivesse envolto em nossa bandeira”, disse Zelensky em entrevista coletiva na quinta-feira.
A conferência ocorreu de forma clandestina e sob estritas medidas de segurança: os jornalistas presentes, incluindo um correspondente do Ynet, foram levados para diferentes lugares até chegarem a um esconderijo onde Zelensky estava, cercado por homens armados que o vigiavam.
As declarações do presidente ucraniano vieram horas depois de uma conversa telefônica entre Zelensky e o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett. Do ambiente do primeiro-ministro, eles relataram que os líderes “concordaram em manter contato permanente”, como anunciou o gabinete de Bennett horas depois, após uma conversa telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin.
Sobre a guerra que começou na semana passada, Zelensky convocou Putin para uma mesa de negociações: “Você quer paz? Sente-se e vamos conversar. Mas não a 30 metros de distância como com Macron. Sou seu vizinho, um homem normal”, disse o presidente. “Muitas vezes eu disse que somos a favor da paz, só precisamos que falem conosco”, acrescentou.
Além disso, Zelenski acusou o exército russo de “trazer crematórios móveis para não relatar baixas” entre suas fileiras e se dirigiu às mães dos soldados russos enviados à Ucrânia: “Eles podem ser meus filhos e não quero que sejam queimados em crematórios, peço às mães russas que os levem para casa.”
Por Tom Witchter | Ynet Español
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