A imprensa internacional cobriu amplamente a posse de Ebrahim Raisi, o novo presidente do Irã. Apesar disso, pouco foi falado de seu papel na execução de milhares de prisioneiros políticos que lhe rendeu o apelido de “O açougueiro de Teerã” e sua aproximação com terroristas.
Ebrahim Raisi, é um ultra conservador iraniano que ocupou vários cargos no sistema judicial do Irã, como Procurador-Geral (2014 a 2016) e Vice-Chefe de Justiça (2004 a 2014). Também foi promotor e procurador adjunto de Teerã nas décadas de 1980 e 1990.
Segundo Hussein Ali Montazeri, um dos lideres da Revolução Islâmica que acabou se tornando um opositor do regime, ele foi responsável pelas execuções de prisioneiros políticos no Iran em 1988, em sua maioria do partido comunista.
De acordo com a Anistia Internacional: “milhares de dissidentes políticos foram sistematicamente sujeitos a desaparecimentos forçados em centros de detenção iranianos em todo o país e executados extrajudicialmente de acordo com uma ordem emitida pelo Líder Supremo do Irã e implementada em todas as prisões do país. Muitos dos mortos durante esse período foram submetidos a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos e degradantes no processo”.
Hussein, na época vice do lider supremo Ruhollah Khomeini admitiu que o número foi entre 2.800 e 3.800 mortes, mas outras fontes sugerem números dezenas de vezes maiores.
Terroristas na primeira fila
Não surpreende, que na cerimonia de nomeação, estiveram ao seu lado lideres de grupos terroristas como Hamas e Hezbollah, responsáveis por centenas de atentados contra civis em diversos países do mundo e crimes bárbaros contra suas próprias populações.
O Irã é uma teocracia com um líder supremo que é a instância final decisória para todos os assuntos do país, incluindo as leis, o governo, o exército e as eleições, que foram classificadas pelo departamento de estado dos EUA como fabricadas.
Entre as leis do país estão proibições como: conversão para fora do islamismo, adultério, mulheres fazerem universidade ou tirarem passaportes sem autorização dos maridos, homoafetividade, algumas vezes puníveis com longas e sádicas execuções públicas.
O país usa esses grupos como células expansionistas da sua visão religiosa radical, aumentando seu domínio em diversos países do oriente médio e ao mesmo tempo lhe permitindo realizar práticas covardes de guerra sem ser diretamente responsabilizado.
Incoerência
Todos os crimes cometidos pelo Irã parecem não sensibilizar políticos e a mídia brasileira. Nos principais veículos de mídia, os crimes de Raisi, os grupos terroristas, e as eleições falsas, não mereceram muitas linhas.
O Irã tem sido celebrado por políticos brasileiros. O último presidente do Irã foi recebido no Brasil com honras, e sem constrangimento algum disse que seu pais não tem homosexuais, que não existiu holocausto e que pretende destruir Israel.
Por exemplo, em 2019 o presidente do PSOL, foi um dos palestrantes de um encontro saudando um suposto legado de justiça social da Revolução Iraniana. Nenhum questionamento foi feito na palestra sobre atividade terrorista que levou a ruína milhares de famílias inocentes. Fica a pergunta mulheres, bahai, cristãos, socialistas, homosexuais, judeus e outras tantas minorias do país não merecem justiça social?