As famílias poderão ficar até que Israel conclua os negócios de terras, um processo que pode levar anos
A Suprema Corte de Israel decidiu na terça-feira que um grupo de famílias de um bairro de Jerusalém Oriental poderá ficar em suas casas por enquanto. A decisão pode ajudar a aliviar as tensões no bairro que ajudaram a desencadear um conflito de 11 dias entre Israel e o Hamas em Gaza no ano passado.
O tribunal decidiu que as famílias poderiam ficar em suas casas por enquanto, até que Israel realizasse um acordo de terras, um processo que poderia levar anos, de acordo com Ir Amim, um grupo de defesa que não estava envolvido.
Dezenas de famílias em Jerusalém Oriental correm o risco de serem despejadas, e milhares enfrentam a ameaça de demolição devido a políticas que tornam extremamente difícil a construção de novas casas ou expandir as já existentes.
Outras possíveis ameaças de despejo em Sheikh Jarrah e outros bairros, que estão ligadas a batalhas legais de décadas entre moradores palestinos e judeus, provocaram protestos e confrontos no ano passado que ajudaram a desencadear a guerra de Gaza em maio.
Israel conquistou a parte oriental da cidade de Jerusalém, juntamente com a Cisjordânia, na Primeira Intifada, em 1967, anexando-a em um movimento não reconhecido pela maioria da comunidade internacional. Israel considera toda a cidade sua capital, e o município trabalha para melhorar os serviços para todos os moradores.
Os palestinos querem que Jerusalém Oriental seja a capital de seu futuro Estado, e o destino da cidade é uma das questões mais divisivas no secular conflito israelo-palestino.
Por Ynet Español
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