Em setembro, cerca de 34,5 mil turistas estrangeiros entraram no país como parte de um programa piloto, que permite a entrada de visitantes em grupos e totalmente vacinados
Israel está trabalhando em um plano para permitir que turistas estrangeiros vacinados contra COVID-19 entrem no país individualmente desde o início de novembro, algo proibido desde o início da pandemia de coronavírus em março de 2020.
O Ministério do Turismo prepara uma estratégia “para indivíduos vacinados turistas que não viajam em grupos para visitar Israel desde o início de novembro, com o objetivo de reabilitar a indústria do turismo e garantir que as centenas de milhares de pessoas que nela trabalham possam ganhar a vida”, informou este órgão é um comunicado.
Em setembro passado, cerca de 34.500 turistas estrangeiros já entraram em Israel como parte de um programa piloto que permite o acesso de visitantes que vêm em grupos e são totalmente vacinados, após coordenação com as autoridades israelenses competentes.
Alguns deles também eram pessoas que entraram no país com autorizações especiais do governo, ou por serem “parentes de primeiro grau” de cidadãos israelenses, especificou uma porta-voz do Ministério do Turismo.
Israel fechou quase completamente suas fronteiras externas e proibiu a entrada de estrangeiros com visto de turista em março de 2020, regulamentos estritos que mantém até agora.
O país aplicou uma estratégia de fechamento bastante rígida com o mundo exterior para evitar a entrada de novas variantes e, nos últimos meses, proibiu os israelenses de viajar para determinados países devido ao alto índice de infecções.
Até recentemente, Bulgária, Turquia e Brasil permaneciam na lista vermelha, mas na semana passada o governo revogou essa medida e não inclui mais nenhum Estado nesta categoria.
Israel entrou na quarta onda de infecções neste verão devido à propagação da variante delta do vírus, apesar de ter realizado uma rápida campanha de vacinação com a qual, no auge da primavera, já havia inoculado grande parte de seus cidadãos.
Apesar da alta morbidade – o país ultrapassava 11 mil casos diários no início de setembro – o novo governo chefiado pelo primeiro-ministro Naftali Bennett optou por retomar apenas restrições moderadas e focar na aplicação de uma terceira dose da vacina, mas decidiu não adotar medidas severas de paralisação para manter a economia em pleno andamento.
O diretor-geral do Ministério da Saúde, Nachman Ash, disse que o índice de infecções continua caindo, e garantiu que o país poderá superar sua quarta onda nas próximas semanas.
Israel registrou pouco mais de 2.500 novas infecções na terça-feira, com uma taxa positiva de 2,3%. Por sua vez, o número de pacientes gravemente enfermos em hospitais tem diminuído e agora é de menos de 500.
Isso ocorre enquanto mais de 3,6 milhões de pessoas – de uma população de 9,3 – já foram inoculadas com uma terceira vacina.
A partir de hoje, quinta-feira, vão mudar as regras para a obtenção do passe verde – o documento necessário para o acesso aos diferentes espaços públicos -, que só pode ser adquirido se tiver a terceira dose, duas injecções nos últimos seis meses ou se bem um se recuperou de covid-19 neste mesmo período.
Por Aurora
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