‘Condenamos qualquer esquema que reforce a presença destrutiva de Israel na região’, disse o Irã
O Irã disse na sexta-feira que uma visita do ministro das Relações Exteriores de Israel ao Bahrein nesta semana para marcar o estabelecimento de relações deixou uma mancha nos governantes do estado árabe do Golfo que “não será apagada”.
Os Emirados Árabes Unidos, vizinho do Bahrein e do Golfo, normalizaram os laços com Israel no ano passado em um acordo mediado pelos Estados Unidos conhecido como Acordo de Abraham, que se baseou em interesses comerciais comuns e preocupações com o Irã. Sudão e Marrocos seguiram o exemplo.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, encontrou-se com o rei do Bahrein, Hamad bin Isa Al Khalifa, e o príncipe herdeiro e o primeiro-ministro Salman bin Hamad Al Khalifa na quinta-feira. Lapid visitou o quartel-general da Quinta Frota da Marinha dos Estados Unidos no Bahrein, que enfrentou navios iranianos nos últimos anos.
“Condenamos qualquer esquema que fortaleça a presença destrutiva de Israel na região”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Saeed Khatibzadeh, em um comunicado divulgado pela agência oficial de notícias IRNA.
“É lamentável que os governantes do Bahrein ignorem os crimes diários do regime sionista contra o povo oprimido, mas resiliente da Palestina ”, disse Khatibzadeh, referindo-se a Israel.
“Essa mancha não será apagada da reputação dos governantes do Bahrein. O povo da região continuará a se opor ao processo de normalização dos laços com o regime sionista. ”
O Bahrein, um reino governado por muçulmanos sunitas, acusa o Irã de provocar distúrbios no Bahrein, uma acusação que o muçulmano xiita Teerã nega. A ilha-estado, que reprimiu uma revolta liderada principalmente por membros xiitas de sua população em 2011, viu alguns atos esporádicos de protesto depois que os acordos de Abraham foram assinados.
Palestinos denunciaram os acordos, dizendo que abandonaram uma posição unificada segundo a qual os estados árabes fariam a paz com Israel somente se Israel desistisse do território ocupado
Por Mark Heinrich | The Independent
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