Israel, que mantém suas fronteiras fechadas ao turismo estrangeiro desde o início da pandemia, permitirá a entrada de grupos de turistas vacinados a partir de 19 de setembro, como parte de um programa piloto que começou em maio e foi suspenso neste verão até o dia 4 pela onda de coronavírus.
O plano prevê que turistas de países considerados de baixo risco – com baixa morbidade do COVID-19 possam visitar Israel em grupos de cinco a trinta pessoas, informou hoje o Ministério do Turismo.
Para entrar no país, o visitante deve comprovar que recebeu duas doses da vacina ou uma terceira injeção nos últimos seis meses. Eles também precisarão fazer um teste de PCR 72 horas antes da viagem e serão submetidos a um teste sorológico na chegada ao Aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv.
O Ministério do Turismo lançou este programa piloto em maio passado “para fornecer uma opção segura e controlada para turistas estrangeiros visitarem Israel”.
Durante o período de funcionamento, o programa foi “um sucesso” e permitiu que 2.000 turistas – a maioria dos Estados Unidos e da Europa – visitassem o país, “sem que fosse identificado nenhum caso de coronavírus entre os grupos visitantes”, garante o Turismo.
Neste verão, no entanto, o plano foi adiado indefinidamente devido ao aumento das infecções tanto interna quanto internacionalmente.
Por outro lado, Israel ainda não tem uma data para dar acesso a turistas individuais, mas espera que seja “em um futuro próximo, dependendo das taxas de morbidade em Israel e ao redor do mundo”.
O Estado judeu realizou uma das campanhas de vacinação mais rápidas do mundo e conseguiu minimizar as infecções nesta primavera. No entanto, a morbidade aumentou novamente no verão devido à disseminação da variante Delta, mais contagiosa e resistente à vacina, levando o país a uma quarta onda de infecções.
Só nesta semana, Israel teve três registros diários de infecção, mais de 11 mil casos, enquanto o governo trabalha desde o final de julho na aplicação da terceira dose da vacina com o objetivo de achatar a curva.
Mais de 2,5 milhões de israelenses já receberam a injeção de reforço, e as autoridades disseram neste fim de semana que as vacinas estão começando a fazer efeito, embora ainda exijam cautela.
Por sua vez, especialistas e responsáveis da Saúde garantiram que há indícios de que a quarta onda está desacelerando, processo que deve continuar nas próximas semanas.
Neste ponto, Israel tem mais de 91.000 infectados ativos, entre os quais há 679 hospitalizados em estado grave. EFE
Por Aurora Israel
LEIA TAMBÉM:
Divulgação de dados populacionais judaicos e israelenses
Sobreviventes do Holocausto em Israel precisam de comida para as festas de fim de ano