Estudo identifica ainda mentalidade de teoria da conspiração.
Uma em cada cinco pessoas na Inglaterra acreditam que os judeus criaram o Covid 19 para colapsar a economia para ganhos financeiros, afirma um estudo recém lançado por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Oxford.
Os achados vieram como parte de uma pesquisa mais abrangente em atitudes em relação ao vírus e as medidas tomadas para prevenir sua propagação e apresentou uma subcorrente forte de desconfiança sobre avisos oficiais sobre o vírus para o público.
O líder do estudo, professor Daniel Freeman, é professor de psicologia clínica na Universidade de Oxford e consultor psicológico clínico no Oxford Health NHS Foundation Trust (que é como se fosse uma clínica médica).
A pesquisa do OCEANS – sigla do nome em inglês foi publicada no jornal Medicina Psicológica e pesquisou 2.500 adultos que representaram a população inglesa de acordo com idade, gênero, região e renda, sobre suas atitudes em relação a narrativa do governo sobre o coronavírus e teorias de conspiração relacionadas entre 4 e 11 de maio.
Os pesquisados eram perguntados até que ponto concordavam com 48 declarações conspiratórias, cobrindo assuntos como teorias gerais de conspiração, como a origem e propagação do vírus e a resposta do governo. Apresentados com a declaração “Judeus criaram o vírus para colapsar a economia para ganhos financeiros ” 5,3 % dos entrevistados concordaram um pouco, 6,8 % concordaram moderadamente, 4,6 % concordaram muito, e 2,4 % concordaram totalmente, enquanto 80,8% não concordaram de forma alguma.
Se uma pessoa culpou os judeus pelo vírus, eles também foram mais inclinados a culpar os muçulmanos, Bill Gates e também as empresas farmacêuticas, disse o Professor Freeman.
O que nós estamos observando é muito provavelmente uma mentalidade conspiratória : uma forma de ver o mundo que é marcado por antipatia a contas oficiais ou principais ou daqueles em posições superiores.
“Judeus criaram o vírus para colapsar a economia para ganhos financeiros ” 5,3 % dos entrevistados concordaram um pouco, 6,8 % concordaram moderadamente, 4,6 % concordaram muito, e 2,4 % concordaram totalmente, enquanto 80,8% não concordaram de forma alguma.
Os pesquisadores também descobriram que os que endossam teorias da conspiração também reportam menor aderência às regras das autoridades para conter o avanço do surto do vírus.
A respeito das características demográficas, eles tendiam a se associar a níveis mais elevados de religiosidade e a uma orientação política ligeiramente mais à direita, como explicado no documento.
A pesquisa vem logo depois que a ONG Hope not hate (esperança não ódio) publicou um estudo similar conduzido por eles mesmos.
Texto publicado no Jewish Telegraph e traduzido por Daniela Nardi Toni